O uso da piscina nos condomínios
O período de férias escolares é
motivo de alegria para as crianças que moram em condomínios que possuem
estruturas poliesportivas e demais espaços para recreação. Contudo, para que a
alegria possa ser tranquila, principalmente para os pais, o espaço condominial
deve estar com todas as localizações em estado perfeito e supervisionados para
que nenhum acidente ocorra.
O alerta para as questões citadas
ganha ainda mais força com base na pesquisa divulgada pelo Núcleo de Trauma do
Hospital Samaritano de São Paulo, que aponta um aumento de 25% no volume de
acidentes domésticos registrados em hospitais no período de férias escolares. E
o que mais está ligado aos condomínios em torno deste número é o uso da
piscina. O local, por diversas vezes, não está apropriado em termos de
estrutura e supervisão de profissionais. Tornando-se, assim, um ponto de risco.
Diretora da 3A Consultoria
Predial, Adriana Jorge explica que a preocupação com as piscinas nos
condomínios é válida, mas que isso não deve também ser um fator que iniba o uso
do local. Segundo ela, os acidentes no recinto podem ser evitados com medidas
adotadas pelos síndicos. E os responsáveis (pais) também devem respeitar os
limites e supervisionarem seus filhos.
“Vale ressaltar que é importante
o condomínio estar com suas manutenções em ordem e informar os moradores que os
funcionários atendem ações já destinadas e acordadas. Isso porque os acidentes
nas piscinas podem ocorrer por erros que infelizmente são comuns, como criança
cuidando de criança, adultos que dispersam pelo uso do celular e, na grande
maioria, não sabem proceder em caso de acidente”, ressalta.
A questão da manutenção também é
importante. Por isso o síndico tem que constantemente manter o local de maneira
perfeita para uso. Caso isso não ocorra, a culpa em caso de ocorrência será
dele.
“A falta de manutenção é algo
importante enfatizar. Casos como a falta de tampa no ralo, água não tratada,
azulejos e bordas lascadas e a falta de cercado no espaço podem impulsionar um
problema”, completa Adriana.
Uma alternativa para que os
condomínios possam passar as férias escolares sem qualquer tipo de problema é a
contratação de empresas de recreação. Com isso, o síndico assegura a eliminação
de ocorrências, principalmente os barulhos excessivos e a destruição de
patrimônio. A opção também é boa para os pais, pois trará a certeza que os
filhos estarão ocupados e, claro, seguros. As crianças também ganham com isso.
Será a chance de criar novas amizades por meio de novas brincadeiras.
Planejamento
e responsabilidades – No período de férias escolares o ideal
é que os condomínios evitem realizar obras e façam manutenções diárias em seus
espaços de lazer. “Caso tenha a necessidade de uma obra é fundamental que a
ação seja bem planejada e informada com antecedência pelo síndico aos
moradores”, disse a diretora.
E se os acidentes acontecerem na
piscina ou em outros espaço, o primeiro passo é prestar o atendimento
necessário. A seguir, antes de direcionar a responsabilidade, deve ser feita a
apuração dos fatos. Cabe ao síndico deixar as manutenções em ordem. “A
responsabilidade das crianças é totalmente dos pais, e não dos síndicos”.
Adriana
G. Jorge – a3aconsultoria@hotmail.com