segunda-feira, 29 de junho de 2020

Estou grávida. E agora?
Toda notícia de gravidez, esperada ou inesperada, gera um grande impacto na vida da mulher. Passados os momentos iniciais das emoções, comemorações e assimilação da ideia, é hora de procurar um (a) ginecologista obstetra para iniciar o pré-Natal.
A ginecologia é uma área da medicina muito importante para a mulher em todas as fases de sua vida. Primeira menstruação, início da vida sexual, menopausa.
Na gravidez não seria diferente. É quem irá acompanhar o processo de perto, garantindo a segurança da mãe e do bebê.
Porém, é muito importante que a mulher saiba bastante sobre essa jornada, afim de entender os sintomas e saber os cuidados necessários.
Por isso, esse artigo aborda alguns desses principais aspectos. Por exemplo, a preparação para a chegada da criança, quais são as primeiras mudanças no organismo da grávida e no que se deve prestar atenção para que tudo corra da melhor forma possível durante a gestação.
Primeiros sintomas da gestação
No início, o organismo concentra uma grande quantidade dos hormônios progesterona, estrogênio e HCG. Essa alteração hormonal é responsável por alguns sintomas que variam de intensidade e frequência para cada mulher.
O principal deles é o enjoo, que se manifesta principalmente pela manhã. Esse mal-estar afeta cerca de 70% das mulheres, mas tende a desaparecer no final do primeiro trimestre.
Outros sintomas comuns nas primeiras semanas da gravidez são:
·         Cólica e pequenos sangramentos;
·         Fadiga e sono excessivo;
·         Dores na região lombar;
·         Sensibilidade ou dores nos seios;
·         Alterações de humor;
·         Constipação;
·         Micção mais frequente;
·         Escurecimento da aréola dos seios.
A mulher deve se atentar aos sintomas e seus padrões, para que conheça melhor sua gestação. Qualquer sangramento intenso ou cólicas mais fortes do que o normal, é recomendado que se procure o (a) médico (a) de confiança. 
Recomendações iniciais 
A primeira medida após descobrir a gravidez é buscar o atendimento ginecológico. O profissional será qualificado para responder todas as dúvidas da futura mãe, além de dar início ao pré-Natal
Até lá, a gestante pode ter os seguintes cuidados:
·         Alimentar-se ao acordar e fazer uma pequena refeição saudável entre as principais;
·         Comer de três em três horas - isso pode ajudar a evitar os enjoos durante o dia;
·         Focar em uma alimentação equilibrada, com muitos nutrientes;
·         Dormir pelo menos oito horas por noite;
·         Hidratar-se bastante.
O desenvolvimento e o crescimento adequado do bebê dependem basicamente dos nutrientes que são disponibilizados pela mãe, como carboidratos, proteínas, ácidos graxos - gorduras boas, como ômega 3 e 6 -, cálcio, ferro, vitamina A, zinco, além do ácido fólico, que é ainda mais primordial nas primeiras semanas de gravidez.
O ácido fólico é essencial para a formação do sistema nervoso central do feto e reduz em até 60% os riscos de malformação, anencefalia e exposição da espinha. Ele é encontrado em cereais e verduras com pigmentos verde escuro - como espinafre, brócolis e couve - e também em frutas cítricas, como a laranja.
A primeira consulta ginecológica
Na primeira consulta com o (a) ginecologista, a grávida irá realizar seu pré-Natal. Por isso, o (a) médico (a) costuma conversar bastante com a paciente, para que ela possa relatar seus sintomas, preocupações, além de explicitar se possuí alguma doença, toma algum medicamento e apresentar seu histórico familiar.
É feita uma bateria de exames, para se certificar de que tudo está bem com a saúde da mulher.
As principais substâncias coletadas são o sangue e a urina. A partir daí, é possível medir diversas taxas e índices do organismo, além de identificar algumas possíveis doenças que poderiam estar assintomáticas.
O pedido exame de sangue costuma ser o hemograma completo com contagem de plaquetas, além de glicemia, vitaminas, teste de tipo sanguíneo e fator RH e muito mais.
E também há testes para HIV, sífilis, rubéola, hepatite, toxoplasmose e diversas outras doenças que podem contaminar o bebê durante a gestação. 
Ultrassonografias 
É também, assim que é descoberta a gravidez, que ocorre a primeira ultrassonografia.
Como o feto ainda está muito pequeno, já que normalmente é feita entre a sexta e oitava semana, é realizado um ultrassom intravaginal.
Com esse exame, é possível observar diversos aspectos importantes da gestação, como a condição do saco gestacional, batimentos cardíacos, além de confirmar a idade gestacional - a partir dela que é dada à paciente uma previsão para o parto.
Esse primeiro ultrassom também é imprescindível, pois poderá identificar se é o caso de uma gestão de gêmeos ou até mesmo se há algum problema específico - como quando o embrião se desenvolve fora do útero. 
Já a segunda ultrassonografia acontece por volta da 11ª ou 13ª semana para confirmar se está tudo bem com o desenvolvimento do feto.
É nesse momento que é feito o teste de translucência nucal, para medir a quantidade de líquido na nuca do bebê. É ele responsável por diversas questões relacionadas ao cromossomo, inclusive identificar uma possível Síndrome de Down. 
Esses são um dos exames mais importantes, porém, ao longo da gestação o médico saberá informar se há alguma necessidade extra e no que a mulher precisa se atentar.
Verdade ou mito: o que uma grávida pode fazer
Há muitos mitos sobre o que uma grávida pode ou não fazer. Assim que uma mulher anuncia a gravidez, surgem parentes, amigos e conhecidos para dar sugestões de hábitos para se cortar e o que fazer para garantir a saúde do bebê.
Por isso, muitas pessoas ainda não sabem o que, de fato, é aconselhado ou não para uma mulher grávida. 
Dentre alguns tópicos mais comentados estão:
Fumar cigarro e beber álcool
Esses são dois hábitos realmente nocivos para o feto, já que as substâncias vão para a corrente sanguínea da mãe e entram em contato direto com o bebê.
Um feto exposto constantemente à nicotina, por exemplo, tem seu desenvolvimento prejudicado, podendo haver até mesmo um aborto espontâneo.
Já o álcool tem impacto no crescimento e formações de estruturas importantes, podendo gerar a Síndrome Alcoólica Fetal - que provoca retardo mental e malformações em diversos órgãos do bebê.  
Fazer atividades físicas
Muitos acreditam que estar grávida implica viver em um eterno repouso. Com exceção de casos de gravidez de alto risco, isso não é verdade. 
Manter uma vida ativa pode fazer muito bem à gestante, já que ajuda a aliviar inchaços e dores, além de evitar a hipertensão.
O foco, a princípio, deve ser em atividades mais leves, como caminhadas. Porém, não havendo restrição do (a) obstetra, a mulher pode continuar com sua rotina de exercícios. 
É importante que haja esse acompanhamento próximo tanto do médico (a), quanto de profissionais de ginástica - como professores e personal trainers. 
Tomar remédios
De fato, muitas medicações são proibidas para grávidas. 
Portanto, é extremamente importante que a mulher abandone práticas nocivas, como a automedicação. Substâncias simples, muito usadas no dia a dia, podem fazer mal ao feto, causando malformação e até mesmo aborto espontâneo.
Por isso, mais uma vez, destaca-se a importância de contar com o apoio e instrução de um profissional da saúde qualificado. Assim, a gestante poderá ter certeza do que tomar, caso precise de algum medicamento. 
Pintar o cabelo
Não há informações suficientes para afirmar se as substâncias das tintas são, ou não, absorvidas pelo couro cabeludo. 
Portanto, pelo começo da gravidez ser uma fase sensível e extremamente instável, aconselha-se pintar o cabelo apenas após o quarto mês de gestação.
No entanto, alguns procedimentos estéticos, como escovas com uso de formal, estão banidos durante todo o tempo. 
Tomar café
A cafeína pode causar alguns prejuízos ao corpo, como queimação no estômago. Além disso, por ser uma substância estimulante, pode acelerar os batimentos cardíacos e intensificar o sentimento de ansiedade.
Para as gestantes que gostam muito de café, recomenda-se um uso moderado, sempre evitando excessos ao longo do dia. 
Mais uma vez, dependendo do caso, o (a) obstetra poderá indicar quanto a mulher poderá tomar ou até mesmo se a cafeína deve ser cortada de vez. 
Como foi possível notar, existem diversos exames, cuidados e detalhes com os quais a gestante não pode descuidar. 
Além disso, é imprescindível que a mulher conte com a ajuda de um profissional que confie, desde o início da gestação.
É o (a) médico (a) que poderá encaminhar a paciente para exames, indicar tratamentos e hábitos que ela deve adotar, além de observar de perto caso haja algum problema.
A Rede D'Or São Luiz, por exemplo, conta com uma equipe de ginecologistas qualificados, além  médicos de diversas outras especialidades, para atender a gestante da melhor forma possível. 

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